A revista SPIN acabou de lançar em seu site a lista com os 100 maiores bateristas da música alternativa e adivinhem quem ficou em primeiro?
Sim, esse cara toca bateria, também! Dave Grohl nem sempre teve o tempo mais preciso (o ritmo de “Smells Like Teen Spirit” sai do compasso) ou as melhores nuances (ele ainda pega forte em baladas) mas esse é precisamente o ponto. Assim como inesperado triunfo da Billboard, Nirvana foi uma vitória também para ele. Os braços de Dave batendo com força era um sinal de que a emoção, sentimento e suor tiveram prioridade sobre aquela viradinha. Um baterista punk-rock autodidata – quando adolescente, ele costumava usar uma cadeira como um chimbal, um livro como caixinha, e tocar junto com as músicas do Minor Threat – seu estilo agressivo impressionou Kurt Cobain e Krist Novoselic do Nirvana, quando eles viram banda de hardcore Scream de Grohl. “Nós sabíamos em dois minutos que ele era o baterista certo”, disse Novoselic na biografia do Nirvana: Come As You Are. “Ele era tão brilhante, tão quente, tão vital. Ele abalou.” Assim como os sete hit/álbuns do Foo Fighters podem atestar, Grohl teve sempre um ouvido para a melodia, e até mesmo as partes de bateria tem uma qualidade musical atreladas a elas, muitas vezes tão icónicas como riffs de Cobain – é difícil de cantar, “In Bloom” de 1991, sem adicionar os Bloop-Bloop que fazem os tons, e a saltitante batida de “Scentless Apprentice” de 1993 é como a de um dos heróis de percussão de Grohl, John Bonham, usando Doc Martens (botas) pesadas. (…)
Momento mais marcante: Enquanto qualquer número de canções do Nirvana tem partes de bateria memoráveis, é difícil ignorar a batida violenta no estilo Keith Moon de Grohl com o Queens of Stone Age em 2002 no single “No One Knows”. CHRISTOPHER R. WEINGARTEN
Fonte: Spin