A busca incansável do Foo Fighter pelo Supergrupo de Rock definitivo está longe de acabar
A primeira vez em que Dave Grohl apareceu na capa da SPIN foi em Janeiro de 1992, quando Lauren Spencer animadamente escreveu, “Voltem para os seus assentos, apertem os cintos, e façam suas orações: Nirvana está na rota de colisão com o mundo”. Amanhã, Grohl dará o ar da graça em sua sétima capa na SPIN, e desta vez é o multitalentoso de 44 anos que vai irromper: “Você consegue imaginar? Nunca, em meus sonhos mais loucos, eu pensei que em uma noite eu tocaria ‘Proud Mary’, do Creedence Clearwater Revival, com o John Fogerty; ‘Beef Bologna’, do Fear, com o Lee Ving; e ‘Blue Garden’, do Masters of Reality, com o Chris Goss. Foi como a minha mixtape definitiva”.
Grohl estava (animadamente) discutindo sobre a estreia ao vivo dos Sound City Players, o grupo de músicos que ele reuniu tanto para a) promover seu documentário sobre o lendário estúdio de gravações de Los Angeles onde o Nirvana gravou o “Nevermind”; quanto para b) seguir em frente com sua busca por uma “devassidão musical absoluta e tocar com todo mundo”.
De volta em Los Angeles, Grohl nos conta que ele acredita que ele se tornou o Cara dos Supergrupos por volta de 2002, com o álbum “Songs for the Deaf”, do Queens of the Stone Age. Hoje, ser aquele cara significa ser capaz de tocar com aquele outro cara – Krist Novoselic – sem ser num “picadeiro de três anéis”. “É difícil não relembrar as velhas histórias”, ele nos conta. “Você olha pra cima e sorri, tipo, ‘Meu Deus, antes de tudo, nós sobrevivemos, mas também ainda estamos tocando’. É como voltar com uma antiga namorada, mas sem o drama. É bom pra caralho”.
Nós também tivemos a chance de testemunhar um monte de inspiradas “baterias aéreas” com Grohl e conversar sobre Paul McCartney, seus (bem poucos) arrependimentos sobre o “Nevermind”, e seu compromisso de nunca diminuir o ritmo. Nunca mesmo.
Antes que a história completa desta capa vá ao ar amanhã, dê uma olhada nas outras seis aparições de Grohl nas nossas capas (duas com o Nirvana, e quatro com os Foo Fighters):
Janeiro de 1992, “O Paraíso Não Pode Esperar”: “Agora nós somos desprezados por pessoas que pensam que nós somos grandes estrelas do rock. Elas acham que quando você assina um contrato com uma gravadora maior, você pega todo esse dinheiro para gastar”.
Outubro de 1992, “Esmagando Suas Cabeças no Punk Rock”: “[O estrelato é] um monte de merda na cabeça do Kurt que ele não merece. Você sabe dizer quando ele está chateado, e isso acaba chateando a todos nós também”.
Julho de 1997, “Tão Felizes Juntos”: “Nirvana era uma loucura. Eu fiz meu caminho todo para aquela outra merda, e agora estou de volta ao começo. Isso é legal”. Bônus: SPIN vai à Mansão da Playboy com o Pat Smear!
Novembro de 2002, “A Boa Luta”: “Merda, poderia ter sido melhor [sem mim]. O que aconteceu com o Nirvana, aconteceu por causa do tempo. Poderiam ter sido nós ou o Jane’s Addiction, ou os Pixies, ou o Hüsker Dü”.
Agosto de 2005, “O Foo Escolhido”: “Se houvesse alguma coisa que eu pudesse falar para uma banda jovem, seria apenas ‘não usem cocaína’. Usem ecstasy e transem com seus amigos e comprem malas gigantes de maconha, e usem camisinha”.
Novembro de 2007, “O Tao dos Foos”: “A maioria das pessoas apenas assumem que qualquer música que eu tenha escrito sobre perda, morte ou raiva é sobre Kurt ou Courtney. Mas eu tenho sido cercado por músicos por 20 anos; há um monte de gente que foi pra essa direção”.
Fonte: Spin
Tradução: Giovana Moretti