Review: Foo Fighters toca para 22 mil pessoas em Oslo, na Noruega

O Foo Fighters é uma banda única e essencial.

Dave Grohl e seus cinco companheiros de banda tocam rock. Rock de guitarra mesmo. Rock melódico, com refrão cativante e que fazem multidões cantarem em coro. Rock ‘n roll básico, mas de muita qualidade.

No entanto, para chegarem até lá, tiveram que aprender com mestres. No meio do show na frente de uma arena lotada, e tem havido muitas delas em todo o mundo durante esses 20 anos da banda na estrada, o Foo Fighters tocou um set de covers.

“Stay With Me” do The Faces, Queen e David Bowie com “Under Pressure” e  o clássico do AC/DC, “Let There Be Rock”, foram as escolhidas para mostrar aos fãs da banda de onde eles tiraram a inspiração para serem rockstars. A última é uma canção sobre a origem do rock, da luz, do som, da bateria, da guitarra e de 15 milhões de dedos tentando aprender os acordes. Grohl diz que esta era a base do seu amor ao longo da vida no rock e o motivo de ele ainda viajar pelo mundo para tocar sua música.

Ele e a banda tornaram-se melhores, mais divertidos e enérgicos do que a maioria no ramo. Mesmo em um dia cinza, a energia na fechada Telenor Arena se manteve durante 2 horas e meia de show. Há algo maravilhosamente primal por toda parte. O sonho de que um dia, “one of these days,” você pode viver fazendo o que realmente ama: rock. É de se admirar que 22 mil pessoas estejam gritando encantadas na plateia?

Fotos por Helge Mikalsen / Jesse Thayer / Instagram

O Foo Fighters escolhe muitas maneiras de tocar um set de músicas, e aparentemente, todas elas funcionam perfeitamente. “Everlong”, “Monkey Wrench”, “Learn to Fly”, “Something From Nothing”, “The Pretender” e “Arlandia”. As primeiras seis canções, algumas velhas, uma nova, soando como um tiro. A banda parece acesa, deixando rolar as melodias, refrãos brilhando, guitarras berrando. Eles nasceram para tocar rock.

Mas, em seguida, chegou a parte mais leve do show. “Cold Day in the Sun” com o baterista Taylor Hawkins nos vocais, foi um ponto alto da noite, assim como “Walk”, que deixou a plateia emocionada.

Algumas músicas favoritas também foram excluídas do setlist desta noite (ao fim da matéria), o que representa que eles tocaram apenas 20 músicas. Na maioria das vezes, a banda toca de 25 a 27. Durante o show, as aparições especiais das filhas de Dave Grohl e Pat Smear no palco deram um ar mais leve à noite e encantaram o público. Veja ao fim da matéria os vídeos.

O Foo Fighters nunca faz encores (fazia até 2012…), mas, no entanto, dão uma relaxada durante o show. A nova “Outside”, como um dos últimos pontos fortes, e a tranquila “Big Me” não são mais do que uma homenagem ao público, e em “This is a Call”, a voz de Grohl quase desaparece.

Então ficamos com a soberana “All My Life” e o encerramento com “Best of You”, que tomou o lugar de “Everlong”, agora abrindo os shows. A mensagem do Foo Fighters é clara: resista a tudo que estiver te impedindo de alcançar seus objetivos. O deles, no caso, foi o rock.

Dave com suas filhas Harper e Violet ao fim do show. Por @annavestgard (Instagram)

Setlist:

Everlong
Monkey Wrench
Learn to Fly
Something From Nothing
The Pretender
Arlandria
Cold Day in the Sun
Congregation
Walk
My Hero
Times Like These
Stay With Me (The Faces cover)
Let There Be Rock (AC/DC cover)
Under Pressure (Queen & David Bowie cover)
All My Life
These Days
Outside
Breakout
Big Me
This Is a Call
Best of You

Fonte: Osloby
Tradução e edição: Stephanie Hahne