Julio Meliani – Fã do Mês (Setembro 2012)

Seguramente, Julio Meliani, de 28 anos, é o fã brasileiro que mais viu os Foo Fighters ao vivo e não foi somente isso: o rapaz que carrega consigo três tatuagens em homenagem a eles já esteve com todos os integrantes pessoalmente inúmeras vezes, e isso é um privilégio para poucos. Gostariam de saber curiosidades e histórias deste paulistano que hoje vive na Califórnia? Senhoras e senhores, este é o nosso primeiro entrevistado da coluna “Fã do Mês”.

Quando ainda era adolescente e admirador da banda, certamente Júlio não tinha noção do que o aguardava. Essa entrevista é uma pequena amostra das histórias de Júlio com Dave Grohl & cia. Que tal comer um churrasco preparado pelo próprio Dave Grohl? Então, vamos lá.

FFBR: Julio, você é um dos fãs brasileiros que mais viu a banda ao vivo. Quantos shows foram ao total e, além disso, qual foi o primeiro e o último?

JM: Tive a oportunidade de vê-los ao vivo 11 vezes. O primeiro show foi em 2001 no Rock in Rio; na época, eu tinha 16 anos e viajei pro Rio (de São Paulo) com o dinheiro da passagem de volta e uns sanduíches na mochila (risos). Puta roubada, mas não podia perder a chance de vê-los. O último show foi o show “secreto” do The Roxy aqui em Los Angeles (vídeo que consta nos extras do DVD “Back & Forth”), no pré-lancamento do “Wasting Light”; esse, junto com os dois outros secretos, foram talvez os melhores da minha vida. (Cobertura realizada com exclusividade para o Foo Fighters Brasil)

Show secreto Roxy 2011

FFBR: Comparando o primeiro show que você viu ao vivo — no caso, o Rock in Rio em 2001 — e o último show em 2011, no The Roxy em Los Angeles, qual a diferença que você notou entre essas duas apresentações?

JM: Bem, o Rock in Rio valeu por vê-los ao vivo e de pertinho (eu estava na grade), mas o som não foi aquelas coisas, sem contar que eles tocaram por apenas 1 hora. Já o ultimo foi um show numa casa pequena, com uma qualidade de som absurda; tocaram por 2 horas e meia e com um repertório muito mais extenso. Na época do Rock In Rio, eles só tinham 3 CDs. Mas o mais legal é pensar que mesmo com 10 anos de intervalo do primeiro show pro último, a banda continua o mesmo FF de sempre. Coisa rara nas bandas de hoje em dia.

FFBR: Você já esteve com todos os integrantes da banda pessoalmente e, é claro, com o boss Dave Grohl. Qual a impressão que você tem deles e quando foi a primeira vez que teve a oportunidade de conversar com eles?

JM: Já tive a oportunidade de conversar com eles algumas vezes, acho que umas cinco no total (uma delas, inclusive, por uns 40 minutos, só eu e o Dave em um churrasco particular) e posso garantir que TODA a fama de cara gente boa dele é completamente verdadeira. Gente finíssima, bem-humorado, carinhoso, atencioso, etc. No geral, a banda toda é muito legal; o Taylor nunca fez questão de ser muito agradável, já o Chris (na minha opinião, o mais humilde e gente boa de todos depois do Dave) é um cara sensacional. Nate e Pat também são muito simpáticos.

FFBR: Além dos Foo Fighters, qual outra banda te inspira muito e qual banda você vai mostrar para o seu filho para que ele se inspire a gostar do bom e velho rock n’ roll?

JM: Bom, para quem ainda não sabe, tenho um filho que acabou de completar 1 aninho, o amor da minha vida, chamado Liam (pai coruja mode ON). Como a pergunta mesma já diz, Foo Fighters, com certeza — inclusive, ele já ouve as versões para bebê que o Diego Castanho deu pra ele de presente. Uma outra banda que não vai faltar na infância dele são os Beatles; quem me conhece sabe o quanto sou doente por essas duas bandas.

FFBR: O que te fez se tornar um fã do FF?

JM: Como muitos outros, eu era um viúvo do Nirvana. Um belo dia de 1996, na chácara de um primo meu, estávamos todos na piscina quando esse mesmo primo (que era mais velho do que eu) trouxe um rádio pra beira da piscina com um CD que tinha uma “arminha” na mão. Ele, então, deu o play e comecou “This is a Call”… Foi amor à primeira “ouvida”! Perguntei pra ele do que se tratava, ele me explicou e então, de volta em SP, corri na Galeria do Rock pra comprar o, na época importado, primeiro CD do FF. Resumindo, me tornei fã ouvindo a primeira música, do primeiro álbum da banda.

FFBR: Na sua opinião, embora seja uma pergunta difícil, qual é o trabalho dos Foo Fighters que você mais gosta?

JM: Puts… Pergunta muito difícil, até porque, quando você gosta de uma banda há muito tempo, todos os álbuns representam histórias da sua própria vida… Mas se consigo escolher, creio que o primeiro álbum ainda é imbatível, acompanhado pelo “Wasting Light”, que, na minha opinião, é uma obra prima… Sendo mais justo, escolho a obra inteira deles como favorito, pode isso Arnaldo? haha

FFBR: Para encerrar a nossa entrevista de estreia da coluna voltada para entrevistar os fãs, qual mensagem você tem para todos os Foo Fans?

Bom, primeiramente, é um prazer fazer parte de alguma maneira da FFBR sendo o “correspondente” de Los Angeles. Por intermédio disso, conheci pessoas muito legais que se tornaram minhas amigas.
Sem querer ser politicamente correto ou qualquer coisa do tipo, acho que o recado que gostaria de deixar é que se você é fã dos caras, comprem produtos oficiais e/ou licenciados, isso é o mínimo de respeito que podemos ter por essa banda que, de certa forma, mudou/muda as nossas vidas.
Fora isso, curta muito essa banda que nunca se rendeu a modinhas ou mudou sua essência por influências externas. Vida longa ao nossos queridos Foos. Abraços.

 

Entrevista por Karina Diaz
Revisão: Giovana Moretti