Q&A com Chris Shiflett, guitarrista dos Foo Fighters

POR TOM BLANTON E TRAVIS HOWE

 

O Lumberjack teve a oportunidade de ligar para o Chris Shiflett, guitarrista dos Foo Fighters, para perguntar algumas coisas sobre seu projeto paralelo, Chris Shiflett and the Dead Peasants. Eles se apresentarão no dia 23 de março no Flagstaff, no Museum Club. O evento é para maiores de 21 anos, e os ingressos estão disponíveis por $15 em www.museumclub.com.

 

Lumberjack: Como é se preparar para sair em turnê com os Dead Peasants?

Chris Shiflett: É um pouco diferente do que eu normalmente faço. Na verdade, hoje eu fui pegar a van que nos levará a Austin. Nós teremos nosso último ensaio amanhã e depois vamos fazer nossas malas e ir para lá na segunda-feira, então estarei no volante por mais ou menos 20 horas. Temos muitos shows agendados para os próximos 10 dias.

 

LJ: Vocês têm alguma coisa planejada para depois desses shows?

 CS: Temos. Acabamos de gravar esse álbum que será lançado em alguns meses. Ele tem músicas locais e outras na linha do country clássico. Fizemos um pouco de Wynn Stuart e gravamos um pouco de Buck Owens e coisas assim, é isso que vai sair em alguns meses. Nós temos alguns shows agendados aqui e ali. Vamos tocar no Stagecoach Festival e em algumas coisas diferentes, mas ainda estamos juntando tudo. Eu acho que provavelmente nós não vamos fazer mais nada relacionado aos Foo Fighters pelo resto do ano, parece. Então vou experimentar e fazer quantos shows com os Dead Peasants nós conseguirmos.

 

LJ: Qual é o nome do novo álbum que vocês vão lançar?

 CS: Ele se chama “All Hat and No Cattle”.

 

LJ: Você fez shows em arenas no mundo todo; já tocou no Wembley, cara. Você pretende continuar tocando em lugares pequenos como o Museum Club?

CS: Sim. Amo tocar em lugares pequenos. Amo tocar em bares. Acho que a maioria das pessoas que tocam numa banda, sabe, é bem onde eles começaram. Eu acho que eu comecei a tocar em festinhas ou coisas assim, e em shows de talentos do colégio. Mas eu toquei em bares por tanto tempo que é confortável para mim. De um jeito perverso, eu estou bem animado para entrar na van na segunda-feira, não sei por quê. Vou ter que dirigir por muito tempo, mas vai ser legal pegar a estrada. Faz muito tempo desde a última vez que eu dirigi direto para Austin.

 

LJ: Quantos pessoas fazem parte da equipe dos Dead Peasants? Quantas pessoas vocês vão colocar na van?

CS: Não é tão ruim. Na verdade não estamos levando equipe nenhuma, só nós cinco. Às vezes nós temos alguém pra tocar nos pedais de ferro, então na melhor das hipóteses nós somos em seis, mas ele não consegue dar conta desta quantidade de shows, então nós somos apenas cinco, mesmo.

 

LJ: Vocês fazem algum ritual antes dos shows?

CS: Nós não fizemos nenhum show por enquanto, então, não temos. Esperançosamente nós vamos desenvolver alguns nestes shows, mas vamos ver. Te conto depois do show de Flagstaff, já que este vai ser quase no fim.

 

LJ: Noites atrás, vi você no palco com o John Fogerty do Creedence Clearwater Revival. Como foi chegar lá e fazer um show de rock na Hollywood Boulevard?

CS: Inacreditável, cara; foi muito divertido. Foi uma viagem e tanto, tinha um dirigível da Big Year voando sobre nós e havia gente o mais longe que você podia ver. Foi louco, cara. Sabe, nós tocamos num lugar que ficava a apenas alguns blocos de distância do meu primeiro apartamento quando me mudei para Los Angeles aos 18 anos de idade. Meu amigo, Luke, que toca comigo no Dead Peasants, veio para o Kimmel naquela noite. Nós passamos muito tempo naquela área quando nós éramos jovens e vivíamos lá. Tocar naquele show foi bizarro. Na verdade, onde o show do Kimmel está costumava ser um clube há uns 20 e poucos anos que me lembrou de uma banda antiga que nós tocávamos, tudo veio num ciclo completo.

 

LJ: Tendo uma carreira de rock star, seu trabalho encanta muitas pessoas, sabia? Que conselho você daria a garotos que queiram seguir carreira como músicos?

CS: Não sei, cara. Eu acho que é como todas as outras coisas. As pessoas sempre me perguntam isso e eu acho que a indústria musical mudou tão dramaticamente com o passar dos anos que eu nem saberia o que mais dizer para alguém além de tocar música por amar fazer isso, e se você toca o suficiente e ama o suficiente, você tem sorte. Eu não acho que há qualquer estratégia real que você possa usar para chegar lá. Nem sei mais como isso funciona porque ninguém mais realmente vende discos, então eu desejaria boa sorte e diria para trabalhar duro!

 

LJ: Acho que você tem que conhecer algumas pessoas por esses dias.

CS: Isso nunca machuca. Acho que ser bem-sucedido em qualquer coisa exige uma quantidade insana de trabalho duro, sabe?

 

LJ: Você estava na banda punk No Use for a Name; você é o guitarrista dos Foo Fighters. Por que você formou os Dead Peasants? Quando começou a banda?

CS: Eu fiz um disco em 2010, e quando eu fiz esse disco éramos apenas eu, meu amigo Lou e meu amigo Derek. Quando estava pronto e eu o divulguei, eu queria fazer alguns shows mas não tinha uma banda. Então eu chamei alguns amigos e formei uma pequena banda para sair em turnê naquele verão. No outono nós começamos a trabalhar no próximo disco dos Foo Fighters, “Wasting Light”, e fizemos isso por todo o outono e depois saímos em turnê pelos próximos anos, então estive ocupado com isso. Tenho usado os Dead Peasants como uma saída. Eu cresci tocando rock n’ roll, punk rock e coisas assim, mas eu queria viver esse gênero country e realmente mergulhar nele.

 

LJ: Tenho certeza que você sabe que o Museum Club é o antigo reduto do Hank Williams, certo?

CS: Eu não sabia disso. É sério? Ele tocava no Museum Club? Não! Eu não sabia disso. Bem, agora eu quero realmente ir lá. Esperançosamente eu não vou morrer atrás de um Cadillac no caminho para o show, então.

 

Fonte: Jack Central